terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Infraero registra atrasos em 15,1% dos voos domésticos

Dos 852 voos previstos, 129 tiveram atraso.
Segundo balanço da Infraero, 57 decolagens foram canceladas.

 

A Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) registra, até as 10h desta terça-feira (28), atrasos em 15,1% dos voos domésticos previstos para decolar dos aeroportos do país. Das 852 partidas previstas, 129 registraram atraso e 57 (6,7%) foram canceladas.
Em São Paulo, no Aeroporto de Guarulhos, dos 63 voos programados, 13 registraram atraso (20,6%) e cinco (7,9%) foram cancelados. No Aeroporto de Congonhas, dos 62 voos previstos, seis (9,7%) tiveram atraso e dize (19,4%) foram cancelados.
No Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, oito voos (18,6%) registraram atraso e um (2,3%) foi cancelado, entre os 43 previstos. No Santos Dumont, dos 49 voos programados, dez (20,4%) tiveram atraso e 12 (24,5%) foram cancelados, segundo a Infraero.
Em Belo Horizonte, no Aeroporto Tancredo Neves, 19 voos registraram atraso (42,2%) e quatro (8,9%) foram cancelados, do total de 45 voos previstos. Ainda na capital mineira, no Aeroporto da Pampulha, dos 12 voos programados até as 10h, dois (16,7%) tiveram atraso e dois (16,7%) foram cancelados.
Companhias aéreas
A Infraero registra atrasos em 46,3% dos voos domésticos da companhia aérea Webjet. Dos 41 voos previstos para decolar pela empresa, 19 registraram atraso e 11 (26,8%) foram cancelados.
Na segunda-feira (27), passageiros da companhia enfrentaram problemas para embarcar e a Webjet chegou a registrar atrasos em 61,4% dos seus voos.  Em nota, a empresa informou que problemas meteorológicos que atingiram as regiões Sul e Sudeste no fim de semana e na manhã de segunda-feira, aliados ao fechamento dos aeroportos Santos Dumont, no Rio, na noite de segunda-feira, e de Confins, em Minas Gerais, nesta manhã, causaram os atrasos e cancelamentos dos voos.
Voos internacionais
Entre os 61 voos internacionais previstos para decolar até as 10h, dois (3,3%) registraram atraso e um (1,6%) foi cancelado. O cancelamento ocorreu no início da manhã, no Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro. Um dos voos atrasados também foi registrado no Galeão, mas já decolou, segundo a Infraero. Permanece atrasado um voo internacional no Aeroporto Tancredo Neves, em Belo Horizonte.
Semana do Natal
Durante a semana do Natal, os passageiros que tinham viagem de avião marcada enfrentaram alguns transtornos. Aeroviários e aeronautas ameaçaram entrar em greve para reivindicar reajuste salarial.
Na quarta-feira (22), o Tribunal Superior do Trabalho (TST) determinou que 80% dos trabalhadores devem continuar trabalhando até o início de janeiro. Em caso de descumprimento, a multa diária é de R$ 100 mil. Em assembleia na manhã de quinta-feira (23), os funcionários decidiram suspender a paralisação.

FONTE: G1.com

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

TAM, Brasil Ecodiesel e Curcas se unem para bioquerosene de aviação

SÃO PAULO - A TAM, a Brasil Ecodiesel e a Curcas - empresa especializada no desenvolvimento de projetos de energia renovável - anunciaram hoje que se uniram para analisar a viabilidade de um projeto integrado de produção sustentável de bioquerosene de aviação no Brasil.
'Estamos trabalhando de forma colaborativa com empresas dos segmentos de aviação e de biocombustíveis para desenvolver um projeto totalmente integrado, desde a produção agrícola até a distribuição do combustível nos aeroportos. Nesta fase inicial, serão feitos os estudos necessários para comprovação da sustentabilidade e da viabilidade econômica da produção. Esperamos inciar a produção comercial em 2013', afirmou o diretor-executivo da Curcas, Rafael Abud.
Segundo informaram as empresas em nota, o grupo conta ainda com a colaboração da fabricante de aeronaves Airbus e com a Air BP, unidade de distribuição de combustíveis para aviação da BP. Os estudos de sustentabilidade serão conduzidos pela Universidade de Yale, dos EUA, e patrocinados pela Airbus.
O projeto prevê a utilização de diversas fontes de matéria-prima, com destaque para o pinhão-manso, bastante presente em projetos de agricultura familiar e do agronegócio.
O documento informou ainda que o bioquerosene está em estágio avançado de homologação pela ASTM International - entidade internacional que formula padrões para diversos segmentos industriais - para que possa ser misturado ao querosene convencional em até 50% em voos comerciais.
'O mercado de bioquerosene já é uma realidade tecnológica e a tendência é de crescimento diante da diretiva imposta pelo Parlamento Europeu que inclui a aviação como fator importante para as reduções de emissões de carbono', afirmou o presidente da Brasil Ecodiesel, José Carlos Aguilera.
(Vanessa Dezem | Valor)

Comissárias sentem nostalgia

Participar de concursos de beleza e estampar páginas de jornal. Ter o privilégio de conviver com artistas e personalidades. Pode parecer carreira de miss, mas, no passado, isso era parte da rotina das comissárias de bordo.
Com cerca de 30 anos de Varig (empresa que foi dividida em duas e teve parte comprada pela Gol em 2007), a ex-aeromoça Carmen Regina de Oliveira viveu a "época de ouro" da aviação, em que voar era para poucos devido às passagens caras.
Ela conta que, quando começou, em 1973, existia uma imagem glamourosa da profissão. "Hoje as pessoas viajam de chinelo", diz.
Aparência e elegância também eram aspectos fundamentais das roupas e do comportamento das aeromoças. Internamente, nas empresas, havia até concursos de beleza entre as comissárias. Carmen chegou a se candidatar a rainha da Varig.
"Hoje você não vê mais aeromoças elegantes. O cabelo era coque; era proibido ser solto como é hoje. Podia ser no máximo curtinho", diz.
Foi justamente essa imagem que influenciou Gelda Luciula Magalhães, em 1970, a escolher a profissão. "A gente se preparava como se fosse a uma festa, para receber pessoas importantes."
Também ex-funcionária da Varig, Luciula se encantou pela profissão quando conheceu uma aeromoça em um encontro com amigos.
"Quando eu vi aquela coisa linda do uniforme, e ela falando com o olho brilhando, disse: "Meu Deus, isso eu quero para mim"."
Para ela, quem dita as regras agora na aviação é a praticidade. "Tem que ser rápida como uma máquina", diz. "A exigência da empresa já é outra, a pessoa pode ser mais baixa, mais gordinha."
Renata Albuquerque, 26, é aeromoça de uma nova geração. Há dois anos na profissão, ela conta que o glamour influenciou sua decisão sobre a escolha da carreira, mas vê mudanças.
"[Os passageiros] Acham que você é garçonete." (MARIA PAULA AUTRAN e MARINA MESQUITA)
Fonte: Folha de São Paulo

Bolsa de Estudo para Pilotos

Ramon Mendes Pereira, 25 anos, já vendeu bala no sinal, foi office boy de uma confecção do Bom Retiro e caixa de farmácia.
Hoje ele é agente de aeroporto da TAM, responsável pelo despacho de passageiros no embarque. Seu sonho é ser piloto. "Eu me encantei com esse negócio de voar."
Formado em administração com a ajuda da dona da confecção, ele já tirou brevê de piloto privado (amador) -formação que custa em torno de R$ 14 mil.
Sem recursos para bancar a licença de piloto comercial (R$ 35 mil), ele frequenta curso de DOV (despachante de operação de voo). "Com o salário maior de DOV, quero pagar o curso de piloto comercial", diz ele.
Responsável por auxiliar o piloto antes do voo fornecendo informações sobre carga e performance da aeronave, o DOV ganha entre R$ 3.000 e R$ 5.000.
Para se habilitar, basta o ensino médio e um curso técnico. Mas a profissão é pouco conhecida. De janeiro a novembro, a Anac emitiu apenas 52 habilitações.
O crescimento de 25% do setor em 2010 pegou as empresas desprevenidas. No final do ano passado, a expectativa era de um crescimento de 8,5% para o setor.
"O planejamento teve de ser refeito e o problema é que a maior parte das funções requer curso especializado, e essa formação leva tempo", diz Ronaldo Jenkins, diretor técnico do Snea.
Para estimular pessoas como Pereira, que não têm condições de arcar com altos custos das horas de voo necessárias para a formação, a Anac está oferecendo bolsas que cobrem 75% dos gastos.
Desde 2008, a agência investiu R$ 5 milhões para formar 347 pilotos privados e comerciais. A Anac também está investindo em mecânicos de avião. Até o final de 2011, 914 mecânicos chegarão ao mercado, ao custo de R$ 1,8 milhão.
"Hoje não tem falta de piloto ou de outros profissionais da aviação. Se vai faltar, dependerá do ritmo de crescimento", diz Paulo Henrique de Noronha, superintendente de capacitação da Anac. "Hoje estamos crescendo muito. Mas esse ritmo deve se estabilizar."
O Brasil possui 5.470 pilotos de linha aérea habilitados. Só na TAM e na Gol, que dominam mais de 80% do mercado, são 3.949. Há ainda de 500 a 600 no exterior.
Neste ano foram emitidas 1.069 licenças de piloto, sendo cerca de dois terços de piloto comercial e o restante de linha aérea.
Se há uma categoria em que não falta gente é a de comissário. Para servir lanche a bordo, basta o ensino médio e um curso de cinco meses.
Ingrid Lima, 20, não tem ilusões quanto à (velha) fama de glamour da profissão. Frequenta um curso de comissário pensando em um salário melhor do que o que ganha conferindo exames de laboratório.
Fonte:Folha de São Paulo